📰 Futuros dos EUA desabam após nova rodada de tarifas de Trump — analistas projetam queda na bolsa brasileira nesta segunda
Por Higor Leonel
📍 Nova York, 06h30 — Os mercados globais amanheceram em forte queda nesta segunda-feira, com os futuros norte-americanos apontando para mais um dia de perdas expressivas. O pessimismo é alimentado pela postura inflexível da Casa Branca, que manteve sua decisão de aplicar tarifas elevadas contra os principais parceiros comerciais dos Estados Unidos.
Os futuros do Dow Jones recuam 1.272 pontos, equivalente a uma queda de 3,3%. O S&P 500 perde 3,8%, enquanto o Nasdaq-100 despenca 4,8%, com investidores desfazendo posições em ações de tecnologia e buscando liquidez em meio ao cenário incerto.
O colapso atual ocorre após uma sequência histórica de perdas:
O Dow Jones encerrou a semana passada com dois pregões consecutivos de perdas superiores a 1.500 pontos — algo nunca visto antes.
O S&P 500 acumulou queda de 10% em apenas dois dias, levando o índice a uma baixa de mais de 17% desde seu pico de fevereiro, muito próximo do território de bear market.
O Nasdaq Composite entrou oficialmente em mercado de baixa, com recuo superior a 22% desde a máxima histórica.
🇺🇸 Clima tenso na Casa Branca
A expectativa de investidores era de que a administração Trump recuasse ou ao menos adiasse as chamadas “tarifas recíprocas”, previstas para entrar em vigor em 9 de abril. No entanto, no final de semana, a mensagem foi clara: as tarifas vieram para ficar.
“Não quero que nada caia, mas às vezes é preciso tomar um remédio para resolver um problema,” disse Trump no domingo à noite, em referência à escalada comercial com a China.
A resposta chinesa também não tardou: o governo anunciou uma tarifa de 34% sobre todos os produtos importados dos EUA, intensificando a guerra comercial e elevando o nível de tensão global.
🇧🇷 Reflexos no Brasil
Segundo projeções de analistas ouvidos pelo Hub Financeiro, a bolsa brasileira deve abrir em forte queda nesta segunda-feira, acompanhando o clima global de aversão a risco. Investidores estrangeiros, que já vinham reduzindo exposição em mercados emergentes, devem acelerar saídas em busca de proteção e liquidez.
💬 “O movimento deve atingir principalmente ações ligadas a commodities, bancos e empresas expostas ao comércio exterior”, avalia um gestor de renda variável de São Paulo.
📊 Fundos aumentam proteções com opções PUT
Um levantamento feito pelo Options Tracker do Hub Financeiro aponta que diversos fundos começaram a montar posições defensivas com opções PUT desde o início da semana passada. A leitura é de que gestores mais sofisticados já antecipavam o agravamento do conflito comercial.
A busca por proteção se concentrou em ativos de setores cíclicos e sensíveis à economia global, como petróleo, mineração e bancos. Segundo os dados do tracker, o volume de opções de venda negociadas dobrou em relação à média das últimas quatro semanas.
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